Saudades do Inverno
Não! Apre, que já é demais!Já se vêem os cordões nas vitrines,
Anúncios em jornais, magazines,
Revistas e coisas mais!
Que raiva da febre consumista:
Do Dezembro ainda distante,
Da febre em todos dominante,
Da sociedade materialista,
Deste mundo actual!
Do corropio da multidão,
Das luzinhas de Natal
Enfeitando o quarteirão!
Mas Outubro é enfadonho...
Manhãs frias cortantes,
Tardes quentes sufocantes,
Sob um sol tristonho.
Que maçador que é:
Não ter praia para andar,
Não ter neve para pisar...
Percorrendo a rua a pé,
Nesta estação desigual.
Rua essa, sem multidão,
Onde se montam luzes de Natal
No quase deserto quarteirão
Ah que saudades tenho eu
Do frio ao entardecer...
Cruzando a tarde a correr,
Preso num pensamento meu.
Do corropio das pessoas,
Alegrando a calçada...
Da constante brisa gelada.
De muitas coisas boas,
No Inverno especial!
Ah saudades...
(Do corropio da multidão,
Das luzinhas de Natal
Enfeitando o quarteirão!)
Etiquetas: VitaCê
4 Comentários:
bonito ;)
O que tu queres sei eu... :)
A melancolia dos últimos meses no ano, bem expressas nestas belas estrofes...
:) gostei
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