Terça-feira, Outubro 31, 2006

Os media na actualidade

Em cada dia dos 12 meses do ano somos confrontados por informação vinda de todos os cantos do globo, sobre o qual espreitamos sem qualquer complexo, sendo deixado ao nosso critério avaliar tudo aquilo que vai acontecendo. Desde crimes, guerras, politica e economia, passando pela cultura e desporto, sem esquecer o tempo, são tudo as peças de um jogo de xadrez bastante complexo, que se conjugam e apresentam de forma diferencial a cada momento.

Se os media estão pendentes do que se passa no globo não é menos verdade que nós leitores, ouvintes e telespectadores representamos a razão de ser dos media, que actuam numa ligação de interdependência directa com fonte e consumidor de noticia.

As audiências, por seu turno, são o barómetro que rege o tempo de permanência de um determinado programa, a vaga em que é colocado na grelha de programação diária, ou até mesmo o seu raio de acção em termos etários. Os que seguem a programação podem ver claramente que as audiências são o factor de competitividade fundamental entre os diferentes agentes de comunicação, mais do qualquer outro critério externo a esse complexo mundo dos media. Resumindo e concluindo, vemos o que gostamos e não o que precisamos.

Noutro lado do espectro, para além do valor indexado à factura de electricidade, a publicidade difundida surge como mais uma taxa que pagamos, e digo “pagamos” mesmo incluindo as vezes em que a publicidade é menos repetitiva que um determinado programa. Vendo em pormenor, a publicidade preenche o espaço entre agente de venda e com pra, ga rantindo e dinamizando o funcionamento do pesado ciclo comercial em que estamos engrenados e do qual não nos podemos alienar.

Por seu lado a Internet surgiu recentemente, como uma nova forma de comunicação, onde consumidor pode tomar parte activa deixando o seu contributo na rede, partilhando a sua visão do mundo com quem quer que navegue neste novo mundo cibernético, sem fronteiras onde a imaginação é o limite... cortando caminho…qual seria o próximo limite? Participar num programa ao vivo sem sair de casa, sentado confortavelmente no sofá onde tudo fica à distância de um clique? E porque não?!

O melhor será mesmo parar por aqui…

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Segunda-feira, Outubro 23, 2006

Ousadias

Roubei-te um livro, ainda, com dedadas na capa
Daquele óleo de côco que te massajava a pele
E a ponta dos teus dedos.

Ab initio,
Com que cláusulas
Contratámos as minhas mãos
Ao teu corpo?
E os teus lábios,
Ameaçando a perfeição?
Contesta as acusações,
Sem dolo ou erro,
E dá-me o teu parecer
Deste amor
Sui generis

Escreve nos autos
Da alma
As fraquezas dos sentidos,
Os momentos
Que hão de chegar
Amanhã
Em qualquer despacho
De juíz.

Intima-me para que te beije
Não preciso de mais provas
Para gostar de ti.

Amo-te.

E por mais diligências
Que tome,
Nunca sei quando voltas
Para mim

Impugno a distância
E a saudade
Para te ter.
Que a solidão é
Chegar a sofrer com as manhãs

E tu alega o que quiseres...
Autua-me,
Avoca-me,
Prende-me aos teus pulsos
E ao teu peito
À revelia.

Processa-me!


Vanessa Pelerigo

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