Contos do Exílio: O Regresso
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O regresso A pedido da totalidade (até ao momento) dos comentadores do último texto, aqui segue a versão compilada do conto "O Regresso" (Ver link acima) tal como se encontra. Qualquer contribuição que achem que o conto mereça, mandem mail que eu dou o NIB da conta onde depositar :P
Se acharem que não merece uns trocados o autor contenta-se com um comentário honesto (não é preciso ser simpático!).
Ah! A continuação continua a ser tratada e não está parada!
Etiquetas: Barata, Contos do Exílio
Últimos capítulos...
A cancela levanta... e o autocarro segue o seu rumo...
18h ... uma bruma leve cobre o entardecer e uma ultima claridade raia o horizonte...
Quechlamp... zump, zac... as rodas assentam no tabuleiro e a vertigem da viagem inicia... minutos, meses, anos... desenrolam-se numa marcha desenfreada pelo rio de recordações; sim esse que lá ao fundo toldado de uma escuridão ainda ténue, continua a correr como as lágrimas que se soltaram tantas vezes no entardecer de uma dor vivida, tais como aquelas que agora correm na separação sofrida de uma memória incontida... daquela casa, daqueles longíquos, mas tão presentes, portões.
Tum, tac... tum tac... tum tac...
Metros e metros de metal laranja passam... e quantas vezes mais passarão... muito poucas presumo. Para trás mil angústias, para trás mil peripécias... Momentos de felicidade são lágrimas de ternura... memórias são quadros pintados de doçura... Hoje a sorrir, choro por toda a memória do tempo que não volta... de tantas e tantas páginas que se ergueram, que construiram um livro. De paixão, de sangue, de suor, de lágrimas, da amizade, do sofrimento... até ao triunfante e deslumbrante grito do amor! Esse que enche o céu e se espalha incontido pelas planícies e montes, que ultrapassa todos os limites, que rasga os portões do cenário que não quero apagar da minha mente. Oh belas avenidas, jardins e edifícios... Tanta dor, tanta alegria... Tanta página da minha vida!
Chlamp, zunc, zap! O autocarro acelera finalmente a uma altura menos considerável... E acelera cada vez mais... A velocidade é agora vertiginosa... curva á esquerda, curva á direita, as rodas derrapam já, os pneus chiam e guincham parecendo querer desaparecer da carroçaria... a ultima curva á direita, arranca-me por momentos do assento, agarrado á vertigem da viagem que não me parece levar a lado algum...
2hoom... Os olhos de criança fixam o tecto... pensadores... sonhadores... o braço pousado... a voz metalica sussurante ao lado:
"Neste momento não é possivel estabelecer uma ligação entre si e o seu futuro... Por favor tente mais tarde..."Etiquetas: VitaCê
Confuso
Lábios frios que me aquecem
No gelo do meu descanso...
Desperto, e os meus sonhos arrefecem...
Um abismo... Será que me lanço?
Das cinzas surge um ser...
Uma fénix renascida?
Ou uma alma perdida?
Quem renasce primeiro tem que perecer...
Um destino outrora límpido
Agora, um charco difuso...
Quando já tudo me parece insípido
Lamento e choro, confuso...
Etiquetas: João
AA featuring Fernando Alcoolizoua
Por isso eu consumo alcool:
Dá-me fulgor
Por momentos, ponho de lado os sentimentos
E banalizo o amor...
EU BEBO!!!
Não invejo a quem é abstémio
Pois ver passar a vida sóbrio
Dá-me tédio!...