Segunda-feira, Outubro 23, 2006

Ousadias

Roubei-te um livro, ainda, com dedadas na capa
Daquele óleo de côco que te massajava a pele
E a ponta dos teus dedos.

Ab initio,
Com que cláusulas
Contratámos as minhas mãos
Ao teu corpo?
E os teus lábios,
Ameaçando a perfeição?
Contesta as acusações,
Sem dolo ou erro,
E dá-me o teu parecer
Deste amor
Sui generis

Escreve nos autos
Da alma
As fraquezas dos sentidos,
Os momentos
Que hão de chegar
Amanhã
Em qualquer despacho
De juíz.

Intima-me para que te beije
Não preciso de mais provas
Para gostar de ti.

Amo-te.

E por mais diligências
Que tome,
Nunca sei quando voltas
Para mim

Impugno a distância
E a saudade
Para te ter.
Que a solidão é
Chegar a sofrer com as manhãs

E tu alega o que quiseres...
Autua-me,
Avoca-me,
Prende-me aos teus pulsos
E ao teu peito
À revelia.

Processa-me!


Vanessa Pelerigo

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2 Comentários:

Às 11/11/06 01:59 , Blogger Chas. disse...

Inspirado no teu curso? "Processa-me!" ;)

 
Às 11/01/07 18:54 , Blogger Captain Dildough disse...

Desculpe lá, mas não podemos aceitar o seu texto na repartição...
Faltou-lhe preeeeeeencher o impresso 44A/77barra2alíneaB.
Sim, sim reclamações ouço eu todo o dia olhe vá ali ao Sousa do guichê 5 que eu tenho de fechar... pra almoço!

Já agora, está bonito sim senhor.

 

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