Domingo, Janeiro 29, 2006

Metáforas dos meus sentimentos

A água corre rápida, devastada, triste
Não pode ser travada, segue o seu rumo

Sempre... sempre... sempre...

Um ego que se julga um lobo
E no fim se revela um bezerro
Uma fogueira de emoções que se acende
No reconhecimento de um erro
Mesmo quando não se o pretende...

Uma barragem que devia conter um rio
E que deixa passar uma torrente...
Nas águas, o reflexo da luz do passado
É quebrado pela escuridão do presente.
Força esgotada, rosto cansado...

Uma luta que a razão travou, incessante
Com um confuso e trémulo coração
Uma batalha épica, longa, intolerante
Que acaba num crepúsculo de emoção:
Mesmo vencendo a batalha, perdeu-se a guerra...

Tudo metáforas, simples metáforas
Do que foi,
Do que já não é,
E do que ficará para todo o sempre
[Ausente

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4 Comentários:

Às 29/01/06 22:51 , Blogger Chas. disse...

Majestosamente lindo...

 
Às 30/01/06 00:20 , Anonymous Barata disse...

Um poema de leitura difícil, em verso livre.

Após duas ou três leituras gostei!
Keep it up...

 
Às 31/01/06 23:33 , Blogger Sleeping Angel® disse...

Gostei do título... e adorei o poema! ;)
Bjs

 
Às 03/02/06 20:28 , Blogger alphatocopherol disse...

Tocante... muito bem construído. Enfim mais uma pérola a que nos habituámos vinda deste autor!

 

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