Terça-feira, Maio 17, 2005

Manicómio revisitado

A tarde calma, Domingo solarento,
A tarde repousante na avenida.
Mãos dadas... um futuro imenso
Nas asas de um momento intenso.
Uma poesia, palavras sentidas...
Um breve... demasiado breve momento...

Na violencia do reencontro,
A saudade de novo a aparecer;
O sentimento a ressurgir...
E numa vontade de fugir,
A pressa de tudo esquecer,
Para a crueldade do novo auto encontro.

E no novo cenario de real imaginário,
Afasto-me, sentindo o sangue escorrer...
Procurando envergonhado esconder
O meu rosto temerário...

Tentando mostrar o meu eu,
Memória de quem esqueceu:
O que era ambicionar,
O que era sonhar,
O que era acreditar...

Asas do sonho, violento acordar.
Os olhos fitam a nova realidade...
Adeus saudade no olhar,
Neste presente de insanidade.

Agora a braços com a tragédia;
Aquelas luzes ao entardecer,
Outrora tão cintilantes,
Parecem tão distantes...
E ao encontar um novo sofrer,
Dou asas à minha trágico comédia.

Qual triangulo de incerteza...
Recomeçou a minha alegre tristeza.

Bem vindo... á loucura!

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