Segunda-feira, Novembro 15, 2004

“E o medo de que a vida seja isto:
um hábito quebrado que se não reata,
senão noutros lugares que não conheço”
Jorge de Sena

Encontrar-nos-emos noutros lugares,
Estranhos e novos
Plenos de sentido
Num outro tempo,
Em que o momento é o certo
À espera de ser vivido

Encontrar-nos-emos noutros lugares,
Em que o hoje é diferente
E as distâncias são as mesmas
E a comunhão se faz sentir
E o olhar finalmente
se encontra

Encontrar-nos-emos noutros lugares
Já que separados,
Só resta a esperança
Que esta rotina rompida
Toque o espírito
E nos faça crer

Encontrar-nos-emos noutros lugares
Convictos que o destino
Que actuou assim,
Firme no seu propósito,
O fez porque hoje não teria sentido
O que amanhã fará

Encontrar-nos-emos...

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