Etiquetas: EosLuna
Terça-feira, Outubro 07, 2003
Aqui, ali, sem ser, sem ver, encontro a vida, perco o norte, finjo ser a lua, o sol. Desmaio nas lágrimas de mim, sem chorar, sorrindo, rindo, perdendo o medo, ganhando a sede, porque a alta noite tem estrelas que só se vêem de dia. Serei eu?, serás tu?, ou o Nós que está em mim, em ti, aqui, entre nós? Será o sangue, o suor, o cheiro deste amor, que se espalha, que corre, e cega a própria dor? Do beijo, do calor, do desejo, é aqui a fronteira, apagada, outrora iluminada, ultrapassada, conquistada. Ouve, canta, entra nesta dança, rodopia, movimenta, sem cessar. Morde, bebe, penetra até à última gota, e consome-a. Corta, fere, cura, leva tudo, dá o dobro, deixa a alma, e até o corpo. Rebenta, explode, não contenhas, chora, ri, sonha, flutua. Grita, rasga, vive, dentro de ti, dentro de mim, e voa. Acordaste, é real? Toca-o, está em ti, está em mim, está em Nós. Rouba a vida, dá-a à morte, aperta, sente, ama, é teu, sou tua, és nosso.
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