Uma mão cheia de coisa nenhuma
Estás à espera de palavras, palavras que formem frases e que te ensinem máximas de comportamento ou que traduzam uma inspiração que te comova. Se calhar já conheces o autor e só lês à espera de algo nojento e/ou repugnante que te permita dar azo à má-língua. Ou então talvez sejas dos poucos que pegam na página e, com um espirito aberto, só queres algo, mas algo o quê? Que esperas de mim? Esperas inspiração, repulsa ou adoração?
Por agora pensas para ti -Que seca- e decides-te a baixar a página, virar a folha mas vês que existem mais linhas, mais palavras ligadas por um sentido obscuro que desconheces, mais letras e letras e letras e letras e letras... Mas que se passou agora? Será que o disco ficou riscado? Este autor (se é que se pode dizer autor para isto) ficou maluco? Mas quem diz que a culpa é minha? Não serás tu, leitor, que viste repetido, se é que viste repetido, ou pensarás que a repetição de letras e letras e letras e letras... é uma figura de estilo merecedora do Prémio Nobel?
-Este gajo está a gozar comigo!- são as palavras que se devem estar a formar na tua cabeça agora, se não estiverem ou és muito paciente ou estás a gostar, se for esta ultima então estou comovido, será que conseguiste penetrar na minha couraça de palavras e chegaste a um ideal, uma alma. Se estavas a gostar então como fiquei comovido estraguei-te a sequência de ideias nenhumas, leitor, aquele que lê (desculpem-me se ofendo as leitoras mas neste mundo machista, se quero falar no geral, tem que ser assim).
Já chegaste aqui e vês que as linhas, as palavras, as letras (outra vez não) se aproximam do fim, pouco a pouco, sem eu dizer nada de maravilhoso, sem revelar uma inesperada inspiração, sem eu...
Espera, sinto algo, será a inspiração? Será uma amizade, ou pelo menos uma afinidade para contigo, leitor (leitora)?
É algo que se revela, passo a passo, como um raio de sol que aquece pouco a pouco. Chega de suspense, acabam-se as linhas desnecessárias, as palavras a mais, as letras agregadas,
Adeus
Terça-feira, Setembro 09, 2003
Estávamos no ano 2001 quando um grupo de jovens estudante aspiravam à escrita... tendo nascido "A Revista Pena".
Sete anos passaram e o eco das palavras permaneceu... A sua força cresceu e com o tempo amadureceu...
Hoje somos mais e melhores... Contamos com mais entusiastas, com sangue novo que gostam de escrever sem receber nada em troca.
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