Terça-feira, Setembro 16, 2003

O Amor

O amor não é algo que se explica, é algo que se sente. É olhar, tocar em alguém e sentir o coração bater aceleradamente, contraindo e dilatando, tornando-se maior que o peito. É sentir o sangue quente correr loucamente no seu leito, em sobressaltos.
O amor representa a união de duas almas. Envolve confiança, amizade, carinho, compreensão.
Quando amamos verdadeiramente, vemos noutra pessoa a beleza que para outras é fealdade. Não me perguntem por que amo, eu não sei explicar. Só sei que este amor se manifesta dentro de mim como uma sensação de leveza, que me faz flutuar, um desejo incrível de gritar bem alto e dizer a toda a gente que gosto de ti.
Há na minha alma uma intensa luz branca, um estado de pureza e lucidez. O peito estala, o estômago comprime-se, os músculos retesam-se cada vez que penso em ti.
Um sentimento tão belo e, porém, a causa de enorme sofrimento.
Toda a alegria espontânea que este amor me dá vem, muitas vezes, acompanhada de dor. As ânsias, as desilusões, as preocupações surgem constantemente, sob a forma de uma lágrima, sob o nevoeiro do olhar, que paralisa o cérebro e os músculos. O desespero por alguém que hoje não me abraçou.
Mais do que um estado de espírito, o amor é uma forma de estar na vida. É o motivo pelo qual vale a pena estar aqui, é o elemento que impulsiona o meu viver. É aquilo que faz rir, chorar, ter um dia diferente todos os dias. Pelo amor, vale a pena esperar pelo amanhã.
O amor é aquele pozinho mágico que nos transforma a nós e aos nossos actos.
O amor é a química. Tu e eu somos os cientistas, os nossos corpos são o laboratório. Cada um dos nossos órgãos é o tubo de ensaio, onde misturamos a minha e a tua substância e obtemos uma reacção rápida e colorida.

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